Memória de Árvore apresenta cenas poéticas do encontro de uma humana com as plantas, por meio de teatro de animação, teatro de sombras e dança, traz uma relação de afeto, vínculo, respeito, cuidado e ludicidade que estimulam crianças e adultos a trazerem lembranças de sua relação cotidiana com a natureza. A peça é criada especialmente para a faixa etária de quatro a seis anos, e para todas e todos que acompanham a infância. Plantas reais compõem o cenário, algumas são personagens da peça junto da atriz, outras são material de interação com o público que ao final da peça é convidado a construir uma mandala de flores, plantas aromáticas (e medicinais), plantas de poder e proteção, como a espada de São Jorge.  

A estamparia botânica está presente no figurino, objetos de cena, banner, todos feitos de tecidos orgânicos. A peça também é um convite à escuta, tanto de si mesmo, quanto o que cada ser à nossa volta pode nos dizer se nos propusermos a ouvir. O que uma pedra pode nos dizer? Um rio, uma planta, o vento, o silêncio. Com uma paisagem sonora criada com muitos elementos da natureza que anunciam estações, a trilha composta especialmente para a peça, traz sons de piano, voz, violão e outros instrumentos. Sem palavras, inspirada em memórias, lendas, mitos e poesias, temos uma dramaturgia corporal, sonora e imagética. Com direção de Rita de Almeida Castro e composição musical de Júlia Ferrari, a peça é interpretada e concebida por Katiane Negrão, com seus vinte anos de investigação em teatro de animação com a Cia. Tato Criação Cênica e seus oito anos com o grupo Psoas e Psoinhas, que une dança, educação somática e o universo da primeira infância.