Projeto de pesquisa, intercâmbio e criação entre companhias de teatro dos países lusófonos Brasil, Moçambique e Portugal, a partir da obra As Areias do Imperador de Mia Couto, que foi integrado aos estudos de pós-doutorado de Alice Stefânia. Neste projeto, os grupos questionam os colonialismos históricos e de todos os dias, os líderes de fachada e as manobras dos poderes na sombra e à vista de todos.

Em Brasília, o Teatro do Instante assinou a dramaturgia e direção nas figuras de Alice Stefânia e Diego Borges, com direção de movimento de Giselle Rodrigues. Nossa versão chamou-se Netos de Gungunhana: um desvio. Nossa versão enfatiza a história de guerras e imposições de uma civilização sobre outra - por meio de novos nomes e uso obrigatório de sapatos e talheres - como pretextos para discutir violências que ainda persistem.

Além dessa, foram realizadas outras duas versões do espetáculo. Em Lisboa a versão Netos de Gungunhana foi dirigida por João Brites do Teatro O Bando, com dramaturgia de Miguel Jesus. Em Maputo, sob a direção e tratamento dramatúrgico de Bruno Huca, coordenação e produção da Fundação Fernando Leite Couto, foi criada a versão Netos de Ngungunyane.